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Emigrantes brasileiros explicam voto na ultradireita anti-imigração em Portugal

2025-05-27 IDOPRESS

A brasileira Cibelli Almeida e André Ventura,deputado e presidente do Chega,em 2019 — Foto: Arquivo pessoal

RESUMO

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GERADO EM: 26/05/2025 - 13:31

Brasileiros em Portugal impulsionam ascensão do partido Chega no Parlamento

Brasileiros em Portugal estão votando no partido ultradireitista Chega,que pode se tornar a segunda maior força política no Parlamento português. O Chega,conhecido por seu discurso anti-imigração,atraiu votos de emigrantes brasileiros que buscam segurança e controle de imigração. Apesar de parecer contraditório,apoiadores como Cibelli Almeida defendem uma imigração regulada. A expectativa é de que o Chega vença nas urnas com a ajuda dos votos brasileiros.

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O partido de ultradireita Chega pode virar a segunda força política do Parlamento de Portugal amanhã após a apuração dos votos no exterior,incluindo os do Brasil,onde venceu em 2024.

Ascensão: Como a ultradireita conquistou Portugal com discurso anti-imigraçãoʽNão queremos virar o Brasilʼ: Ultradireita de Portugal faz protesto contra imigração

A sigla tem 58 deputados e empatou com o Partido Socialista (PS),de centro-esquerda. Quatro vagas no Parlamento estão em disputa e a previsão é favorável ao Chega.

Brasileiros que vivem em Portugal e votaram no Chega creem na vitória. Com cidadania,os emigrantes dizem confiar na sigla anti-imigração para aumentar a segurança e o controle de estrangeiros.

Militante do Chega desde 2019,quando apenas o deputado André Ventura foi eleito,Cibelli Almeida virou um dos rostos do partido em Braga,chegando a concorrer como suplente este ano.

Ao ser questionada se é contraditório uma brasileira votar em um partido com propostas anti-imigração,ela disse:

— Pode parecer contraditório,mas sou a favor de imigração com controle,regularizada e responsável,que é diferente do que acontece agora. O governo tentou organizar,mas não vimos mudança.

Natural do Recife e emigrante em Portugal há 14 anos,Cibelli é consultora de comunicação e gestão de uma empresa que ajuda na recolocação de imigrantes e diz ter estudado a lei.

— Estudei bastante a lei e o que aconteceu foi que o governo escancarou as portas,facilitou a regularização e Portugal virou o que está aí,sem ter ideia de quantos imigrantes tem — contou.

Ela diz que segurança e imigração são os principais motivos pelos quais brasileiros votam no Chega:

— Não querem reviver a violência do Brasil,viver com medo de perder as coisas em assaltos. A segurança de Portugal nos trouxe aqui e agora não queremos mais violência.

Ela afirmou ter sido assaltada 20 vezes no Brasil,mas não estabeleceu paralelo sólido com uma suposta violência em Portugal. Informada que não há dados que liguem insegurança à imigração,procurou explicar.

— Pode não ter dados,mas a realidade é esta. Nunca vi,mas recentemente soube de um assalto numa das lojas em Braga. E pessoas de moto para roubar celular — disse ela,completando:

— Há pessoas rondando aqui perto do escritório,falando em árabe. Chamei a polícia. Teve um assassinato na cidade e o acusado era brasileiro. Sabemos que o PCC entrou em Portugal...

O fisioterapeuta Eraldo Veloso foi à urna pela segunda vez este ano. Na eleição de 2024,ele afirmou ter votado no Livre,de centro-esquerda,antes de mudar de sigla.

— A primeira vez votei no Livre e agora votei no Chega. O Livre não tem potência (para) uma maior articulação. Eu não sou fã de partidos,sou pelo correto,fácil e prático — contou.

Agora,diz que votou no partido de André Ventura. O presidente do Chega promete mais apoio às forças de segurança e maior rigor na imigração.

— Aqui está uma coisa complicada. A bagunça está geral e o governo nada faz. Já,já vira um Rio de Janeiro,uma terra sem lei — disse Eraldo.

Carioca,ele hoje afirma morar em Cascais e contou que sofreu um assalto à mão armada no Rio. E presenciou cena semelhante em Portugal.

— Portugal está sem prevenção na segurança. A violência vem crescendo em áreas menos favorecidas (...) Já assisti um assalto a um jovem por um indivíduo com uma faca — contou.

Para o fisioterapeuta,a política de imigração em Portugal está confusa,mas garantiu que votaria no Chega mesmo que não tivesse cidadania.

— Qualquer pessoa entra. O problema não é o imigrante que trabalha,é o que vem fazer coisa errada. Morei seis anos nos Estados Unidos,ilegal,e não tive problema — disse,considerando a importância da mão de obra:

— Portugal não pode colocar os bons imigrantes em um avião. Se fizer,o país para.

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