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Sazonalidade e gripe aviária: o que vai acontecer com a inflação dos alimentos nos próximos meses?

2025-05-28 IDOPRESS

Clientes compram carnes em Supermercado da rede Mundial,em Irajá — Foto: Brenno Carvalho/Agência O Globo

RESUMO

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GERADO EM: 27/05/2025 - 20:22

Inflação dos alimentos desacelera em maio,mas alta é esperada em agosto

A inflação dos alimentos registrou uma desaceleração,caindo de 1,29% em abril para 0,30% em maio,e espera-se que continue em baixa devido à sazonalidade e à gripe aviária no Sul do Brasil,que ampliou a oferta de aves. Com isso,os preços de aves,ovos e outros alimentos como arroz e hortaliças caíram,mas devem voltar a subir em agosto. A LCA Consultores projeta uma inflação anual de 5,5%,com alta de 7,6% nos preços dos alimentos.

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Os dados do IPCA-15 de maio mostram que a inflação da alimentação no domicílio caiu de 1,30% em maio. Para os próximos meses,a expectativa é de que essa desaceleração continue,segundo Fábio Romão,economista da LCA Consultores.

Neste período,a queda de preços no grupo de alimentação é sazonal,normalmente acontece nesta época do ano. No entanto,neste ano,é reforçada pela gripe aviária no Sul do Brasil. Por enquanto,24 parceiros comerciais bloquearam as compras de carne de frango e outros subprodutos de aves de todo o Brasil. Outros 13 países suspenderam as importações ou do Rio Grande do Sul,ou do município de Montenegro.

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Segundo as projeções da LCA,a alimentação no domicílio deve subir 0,06% em maio,registrar deflação de -0,35% em junho e 0,17% em julho,mas volta a subir de forma mais consistente em agosto.

A tendência é de preços mais baixos em diversos alimentos: arroz,legumes,hortaliças,frutas,pescados,além de aves e ovos. O economista Fábio Romão explica que a ampliação momentânea da oferta de aves (por conta das restrições impostas pela gripe aviária) poderá tirar força dos preços das carnes em junho e julho,mas com retomada prevista para agosto.

Explicando: o surto de gripe aviária deve aumentar temporariamente a oferta de aves e ovos no mercado interno,o que tende a derrubar os preços desses produtos tanto no atacado quanto nas prateleiras dos supermercados. Mas o impacto pode ir além. A queda no preço das aves pode também afetar o mercado de carne bovina,já que os consumidores podem migrar de um produto para outro.

Outro efeito da gripe aviária foi a queda na demanda por milho,já que a avicultura está reduzindo sua produção,o que também contribui para a redução dos preços. Em relação às carnes,a LCA lembra que o aumento no preço do bezerro,em comparação ao boi gordo,indica que a pecuária já está se preparando para uma retomada. A expectativa é de que,passada a fase mais crítica da gripe aviária — que deve durar até julho —,os preços da carne voltem a subir,especialmente a partir de agosto e durante o restante de 2025.

“É uma trégua temporária”,avalia a consultoria.

Segundo Romão,a LCA estima que os preços da alimentação no domicílio encerrem o ano com alta de 7,6%,um pouco abaixo da estimativa anterior,que era de 8,2%. Essa revisão se deve às boas safras de algumas commodities e à redução dos preços de alimentos frescos,que já está sendo sentida no atacado e pode,aos poucos,chegar ao consumidor.

Ainda de acordo com Fábio,os efeitos da gripe aviária podem modificar o desenho das taxas mensais do IPCA,mas a projeção da inflação para o ano está mantida em 5,5%.

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